Sim ou não.
Mateus 5:37 - Seja, porém, o vosso
falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.
Nota: Tiago 3:2 - Porque todos
tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é
perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.
Longe de mim com esse breve estudo me
colocar acima de qualquer um dos irmãos. Me enquadro no versículo acima, por
muitas vezes falando e não cumprindo. Estamos unidos nesse propósito maior, de
sermos pessoas que com a boca promete, e com as ações cumprem. Que Deus nos
ajude.
O quanto levamos a sério nossas palavras?
Será mesmo que jogar palavras ao vento não nos prejudica em nada? Como Deus vê
a cada um de nós que falamos e não cumprimos? Como as pessoas nos vêem? Como
nossa família nos vê? Qual testemunho a sociedade dá das nossas atitudes?
Quando conversamos com as pessoas sobre
profissionais autônomos, a maioria, ou quase a totalidade, reclama de promessas
não cumpridas. Desde a visita para orçamento, a execução e a conclusão. Não
cumprem o que prometem.
O mais assustador, é saber que isso quase que
é”normal” entre as pessoas. Se isso é ruim para os ímpios, que dirá para nós
que professamos a fé cristã.
Caro leitor, se você professa a fé cristã,
isso pesa ainda muito mais sobre ti. Acredito que boa parte da descrença no
próximo venha dessa terrível falha: Falar e não cumprir.
É evidente que falhamos, que erramos, que
deixamos de cumprir algumas de nossas palavras diante das pessoas, mais isso
não pode ser rotina. Isso não pode ser visto como um comportamento normal,
porque não é. Não acredito que podemos julgar normal um comportamento assim.
Nossa meditação será baseada não em mim, não
no que eu acho ou no que eu penso, mais sim no que Deus acha, no que as Escrituras testificam.
- Cristo, nossa referência no assunto -
Nas bem-aventuranças pregada pelo Nosso
Senhor, há uma parte dedicada ao comportamento das pessoas em relação ao jurar.
O Sermão da Montanha não é, em primeiro lugar
uma declaração de princípios para a Igreja cristã (que na ocasião ainda não
fora revelada), nem uma mensagem evangelística para os perdidos, mas um esboço
de princípios que caracterizariam o reino messiânico que Cristo anunciava.
E isso, a igreja experimentou em seu
nascimento e no decorrer da história. Os princípios ensinados por Cristo, se
manifestaram nas ações e na vida de nossos irmãos.
Quando Jesus vai fazer referência sobre
votos, ele trouxe parte do Pentateuco, um texto conhecido pelo líderes
religiosos que estavam à sua volta: Deuteronômio 23:21-23 - Quando fizeres algum
voto ao SENHOR teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o SENHOR teu Deus
certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado.Porém, abstendo-te de
votar, não haverá pecado em ti. O que saiu dos teus lábios guardarás, e
cumprirás, tal como voluntariamente votaste ao SENHOR teu Deus, declarando-o
pela tua boca.
Jesus traz a memória sobre o assunto que Deus
cobra o voto que é feito, por isso
era melhor não fazer, do que fazendo, não cumprí-los.
Nós cristãos, não devemos jurar para
autenticar aquilo que dizemos. Os judeus conheciam muito bem essa lei, e usavam
a legitimamente ou não. No entanto, Jesus veio trazendo um ensino muito mais
promissor: Suas palavras sejam o sim, ou o não, já basta para Deus tal prática.
Não vá além disso, pois cairá na condenação do diabo.
Tiago instruindo os irmãos, usa o mesmo texto
do Nosso Senhor:
Tiago
5:12 - Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra,
nem façais qualque
r
outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que
não caiais em condenação.
O comprometimento em fazer o que falamos não
está no juramento, mas sim no caráter, na honestidade de alguém que de fato
teme ao Senhor. Por isso não necessitamos de fazer juramentos para confirmar
nossas palavras ou promessas, o comprometimento com Deus é que deve ser pesado
nesta balança.
Pois se não for assim seremos condenados
naquilo que falamos, pois se não cumprirmos o que falamos seremos condenados
pela própria palavra que proferimos.
Mateus
12:36-37 - Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem
hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e
por tuas palavras serás condenado.
Não
é estável, segura, uma comunidade que não se pode confiar nas palavras uns dos
outros.
Precisamos criar relacionamentos saudáveis,
verdadeiros. A conversa do cristão é de alguém que nasceu de novo. A pureza de
nossa conversa, a integridade de nossas promessas, a honestidade transparente
da pessoa que somos, dão testemunho de que somos cristãos em nossos atos e não
só de nome.
Até Deus se restringe a pessoas que não
honram palavras, compromissos:
Tiago
1:5-8
5 -
E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá
liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.
6 -
Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à
onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.
7 -
Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.
8 -
O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos.
O homem de coração dobre, é aquele que não
define suas opiniões, vacilante e inconstante nas ações. Isso é um problema que
precisamos lutar para resolver, isso porque afeta diversas áreas da nossa vida.
Abaixo, alguns versículos que nos admoestam
quanto ao uso das palavras:
Provérbios
13:3 - O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito os
seus lábios se destrói.
Provérbios
21:23 - O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias.
Tiago
1:26 - Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua,
antes engana o seu coração, a religião desse é vã.
I
Pedro 3:10 - Porque Quem quer amar a vida, E ver os dias bons, Refreie a sua
língua do mal, E os seus lábios não falem engano.
Tito
2:8 - Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não
tendo nenhum mal que dizer de nós.
Podemos notar que as Escrituras nos alertam
quanto à necessidade de vigiar quantoo às nossas palavras.
Falar é algo despretencioso, falamos demais.
Dizemos muitas coisas, mais no momento de colocá-las em prática, estamos bem
longe da realidade.
Temos por hábito dizer sim, para muitas
coisas, talvez para evitar o constrangimento ou criar um sentimento ruim, mais
o que seria pior? Dizer não e fazer ou dizer sim e não fazer?
Temos um texto em Mateus 21, sobre os
trabalhadores na vinha, que cabe bem no presente estudo que diz:
Mateus
21:28-32
28 -
Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro,
disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
29 -
Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.
30 -
E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse:
Eu vou, senhor; e não foi.
31 -
Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes
Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de
vós no reino de Deus.
32 -
Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os
publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos
arrependestes para o crer.
A vinha é o Reino, um dos filhos são os
perdidos, o outro seriam os escolhidos judeus.
Deus chama ambos para a vinha. Todos precisam
de arrependimento para perdão dos pecados. O primeiro dizendo não queria
seríamos nós, que após a pregação somos convencidos a ir para vinha.
O outro filho, seriam os judeus, pela qual
esperavam o Messias, mais que disseram não.
Interessante, que é melhor dizer não e se
arrepender e ir, do que dizer sim, e não cumprir com a palavra.
Jesus testifica que quem fez a vontade do Pai
foi aquele que disse não, mais foi.
Precisamos ser francos. Realistas. Precisamos
nos importar com o próximo que aguarda de nós uma postura coerente com aquilo
que falamos.
No entanto, não podemos fugir de
responsabilidades dizendo sempre não. Pois assim seremos olhado por todos como
pessoas sem compromisso, que não coopera com nada.
- Uma análise de
como somos vistos -
Para uma análise introspectiva, irei colocar
algumas pessoas e grupos que nos cercam, e iremos avaliar como essas nos vêem,
e que resultado final alcançamos com eles:
1- Como Deus nos vê?
2- Como nossos filhos nos vêem?
3- Como nossos conjuges nos vêem?
4- Como nossos vizinhos nos vêem?
5- Como nossa família nos vê?
6- Como nossos patrões nos vêem?
7- Como nossos funcionários nos vêem?
8- Como a sociedade nos conhece?
Já parou para pensar que existem pessoas que
são conhecidas com sobrenome de mentirosa (o)? Exemplos: Chama o “fulano
mentiroso”, vai chamar o “ciclano mentiroso”? Mais você vai contar com o
“Beltrano mentiroso?”
O mais terrível de sermos pessoas que não
cumprimos o que falamos, é ficarmos conhecido como pessoas desacreditadas, sem
palavra.
Com sinceridade, você confiaria em você
mesmo?
Você poderia contar contigo para realizar
determinadas tarefas? Você poderia contar contigo em determinado horário? Ou
melhor, você acha que alguém confiaria a vida de alguém importante à você?
Sabemos que não somos perfeitos amados, mais
precisamos levar mais a sério nossas palavras, nossos atos, o tempo está
passando, e que legado iremos deixar para trás?
Quer ver uma outra postura que muito
compromete a vida humana: Falhar nos horários que marcamos.
Amados isso é muito sério.
Já pensou na bola de neve que pode causar um
atraso ou uma falta sem aviso prévio?
Que nossa palavra seja o SIM...sim. E o NÃO...não,
para que não venhamos a cair em condenação.
Conclusão.
É claro que poderemos ainda muitas vezes
errar com várias pessoas e em vários lugares em muitos anos de nossa vida,
afinal, estamos nesse corpo corruptível, mais que possamos pensar bem antes de
darmos nossa palavra, e que ainda haja tempo de consertar a nossa moral diante
de todos, se nossa palavra por muitas vezes não foram cumpridas.
Que Deus nos ajude...
Nenhum comentário:
Postar um comentário