O coaching, a fé e a ética.
Por Jeferson Rangel.
O
coaching
Um termo que está em grande estima e uso,
é o termo coaching. Vejamos o significado do mesmo:
Coaching é uma palavra em inglês que
indica uma atividade de formação pessoal em que um instrutor (coach) ajuda o
seu cliente (coachee) a evoluir em alguma área da sua vida.
O conceito de coaching surgiu por volta de
1830 na universidade britânica de Oxford para definir um tutor particular,
alguém que ajudava o aluno a se preparar para um exame de uma determinada
matéria. Com o tempo passou a ser usada também para se referir a um instrutor
ou treinador de cantores, atletas ou atores.
A palavra coaching vem da palavra inglesa
"coach" e significa treinador. Esse treinador tem o objetivo de
encorajar e motivar o seu cliente a atingir um objetivo, ensinando novas
técnicas que facilitem seu aprendizado.
Um tipo de coaching bastante procurado é o
"coaching de liderança", uma qualidade cada vez mais valorizada. No
coaching de liderança, o gestor procura orientar seu colaborador no seu
desempenho, usando metas claras para criar alvos mensuráveis, além de
reconhecer potenciais e desenvolver competências da sua equipe. Também
envolve-se na aprendizagem da sua equipe, encaminhando e recebendo comunicações
para resultados excelentes.
Esse termo, e esses profissionais, como
descrito acima, são pessoas capacitadas para promoverem, ajudarem e capacitarem
pessoas a serem realizadas e alcançarem objetivos principalmente na área
pessoal. Sucesso financeiro, sucesso emocional, sucesso profissional e demais
áreas que todo ser humano convive no seu dia a dia.
Agora,
quero falar sobre a fé.
Quando falamos em fé, estamos tratando do
lado espiritual do ser humano. O lado místico. O lado um tanto esquecido pela
sociedade, embora a mesma seja muito religiosa. Sim, há uma enorme diferença
entre ser religioso, ter fé, e de fato, possuir um relacionamento verdadeiro
com Deus.
E quando falamos do lado espiritual do ser
humano, evidente que estamos falando de Deus e de tudo que está relacionado ao
mesmo.
Assim sendo, quando o assunto está relacionado
a Deus, devemos entender que pessoas qualificadas e que de fato possuem um sério
compromisso com Deus, deve ensinar as pessoas.
É claro que qualquer um pode ensinar sobre
Deus, dar sua opinião, seu ponto de vista, isso porque somos livres para falar
o que quisermos, e o que pensamos, agora, tudo o que falamos e procuramos
ensinar, precisa estar pautado na lei suprema, na autoridade máxima que ensina
sobre Deus: nas Escrituras, na Bíblia Sagrada.
Quando o assunto é fé, não podemos
misturar as coisas: Iremos falar sobre relacionamento com Deus. Quem é Deus,
seus propósitos, a visão de Deus para o homem, a vontade de Deus para a
humanidade, o assunto principal das Escrituras (Jesus Cristo), Trindade, dons,
salvação, perdição, céu e inferno, santidade e outros assuntos extremamente importantes
para a vida humana.
Embora a Bíblia trate de diversos assuntos,
e tenho certeza que a mesma trata de todos os assuntos necessários e vitais
para o homem, os assuntos seculares, terrenos, não são nem de perto o propósito
maior da mesma.
Creio sim, que Deus não tem prazer na
derrota, na tristeza, na angústia ou seja qual for o problema que o homem esteja
passando, todavia, quando tratamos de fé, tratamos de conhecer a Deus, e não
ter a Deus como um coaching, um treinador ou motivador para nossa vida, isso
porque quem precisa ser tratado é nosso lado espiritual e não físico.
Talvez você pense: Mais um está ligado ao
outro. Sim, não discordo, mais lembre que estamos falando de fé, de conhecer a
Deus, o lado espiritual do ser humano, e não o lado terreno.
A
ética.
Não vejo menor problema um cristão ser
pastor e coaching. Não vejo menor problema um cristão ser pastor médico. Não vejo
menor problema um cristão ser pastor e gerente de banco. Não vejo menor
problema um cristão ser pastor e qualquer profissão digna.
Mais devemos ter ética e separar as coisas.
Cada um na sua. Como dizem: cada um no seu ambiente.
Não podemos usar os conceitos e aprendizados
terrenos, misturados com a palavra de Deus.
Podia construir aqui uma mensagem
expositiva sobre essa verdade, mais deixarei aqui apenas algumas passagens
bíblicas, onde esse tipo de ensino já era reprovado na era apostólica:
I Corintios 2:4-5 - A minha palavra,
e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria
humana, mas em demonstração de Espírito e de poder. Para que a vossa fé não se apoiasse
em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.
II Corintios 4:1-2
1 - Pelo que, tendo este ministério,
assim como já alcançamos misericórdia, não desfalecemos
2 - pelo contrário, rejeitamos as
coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a
palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à
consciência de todos os homens diante de Deus.
Toda essa psicologia, filosofia e coaching
que hoje tomaram um grande espaço nos púlpitos e redes sociais, diminuíram o
sacrifício do Senhor Jesus. Foi lançado quase para o último plano e eficiência.
O sacrifício de Cristo, a morte expiatória, a ressurreição, o poder de Deus em
Cristo, a justiça de Deus em Cristo, a suficiência do poder de Deus nos
Evangelhos aos poucos, dia após dia está sendo esquecida, menosprezada,
abandonada.
I Timóteo 4:1 - MAS o Espírito
expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos
a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.
II Timóteo 4:3-4 - Porque virá tempo
em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências. E
desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
Sim, esse ensino de Paulo servem para os
nossos dias, e aliás, são para nossos dias. Qualquer ensino que desvio o
coração do homem da santificação, do quebrantamento, da expectativa de retorno
de Cristo, e faz de Deus apenas seu empregado, ou o Aladin dos nossos dias, é
diabólico. Pode servir para o lado carnal do homem, pode surtir efeito numérico
e testemunhos poderosos, mais não levam ninguém ao conhecimento profundo de
Deus e das Escrituras.
Concluindo...
Se você conseguiu ler até aqui, digo que
não sou contra os profissionais de qualquer área, só defendo que cada um deve
ter ética para reconhecer, respeitar e honrar cada ambiente que o mesmo chegar.
Se eu for no médico, e começar a dizer que
não aceito medicação e sua orientação médica porque tenho fé que Deus vai me
curar, então nem devo ir até ele, ou se discordar dele por motivos da minha fé,
estarei afrontando, desrespeitando o profissional.
Entao leitor, cada um na sua área... Coaching,
fé e ética.
Jeferson Rangel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário