quinta-feira, 21 de junho de 2018

Barclay - comentário



O horrível do pecado é seu efeito petrificador. O processo do pecado pode-se discernir muito bem. Ninguém faz-se um grande pecador num momento. Em princípio se olha o pecado com temor e horror; quando se peca o coração é invadido por remorso e pesar. Mas quando se continua pecando, chega um momento em que desaparece toda sensibilidade: podem-se cometer as coisas mais vergonhosas sem o mínimo reparo. A consciência chega a petrificar-se. Paulo enuncia a grande acusação de que a vida pagã petrifica de tal forma a consciência do homem que acaba com todos os sentimentos.
O pecado pode dominar um homem de tal maneira que lhe faça perder toda decência e vergonha. Chega a ser como o drogado: começa tomando a droga em segredo até chegar a um estado em que não se importa mais em ser visto no pior dos estados de um ser humano. Um homem pode chegar a ser tão escravo do álcool que não lhe interesse que o vejam ébrio. Alguém pode deixar-se dominar tanto pelos desejos sexuais que não se inquieta por quem o observe. No teor de vida pagã o pecado chega a dominar tanto que se perde o sentido natural da vergonha: o homem deixa de ser um homem para rebaixar-se à condição de besta.
No mundo pagão, o mundo sem Cristo, Paulo observava três coisas terríveis. Viam os corações dos homens tão petrificados que não tinham consciência da situação de pecado; estavam tão dominados pelo pecado que tinham perdido toda vergonha e decência; estavam tão à mercê de seus desejos que já não se preocupavam, a fim de conseguir cumpri-los, das pessoas ofendidas ou das inocências destruídas. Os pecados do mundo sem Cristo de hoje em dia são exatamente os mesmos: os vê irromper por toda parte e passear-se majestosamente pelas ruas de qualquer grande cidade.

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