segunda-feira, 18 de julho de 2022

Um pouco de fermento...

 


O perigo é outro

Um pouco de fermento leveda toda a massa

 

Jeferson Rangel

20/10/2017

 

 

 

 


 

O pior dos perigos na vida cristã

 

Quando se fala em perigos na vida cristã, perigos que podem atravessar o caminho do cristão, quase que de imediato os primeiros pensamentos que surgem são: prostituição, bebidas, cigarros, noites, dinheiro, mágoas, ódio, traição, desânimo e poderíamos citar mais alguns motivos reais.

No entanto, como tudo isto está relacionado à sede do homem que é o coração, podemos concluir que precisamos tomar cuidado com o que aprendemos. Porque aquilo que aprendemos é o que nos motiva para a vida.

Jesus não ficou preocupado com os discípulos se eles iam beber, fumar, ou qualquer comportamento do tipo.

Mais Jesus tinha medo de uma armadilha muito mais perigosa, uma arma muito mais potente: o ensino dos fariseus.

Sim, isso porque as palavras movem as pessoas para o bem ou para o mal, um ensino tem poder para matar ou para dar vida, tem o poder para levar a Cristo ou para levar às trevas.

Uma pessoa bem instruída nas Escrituras é bem guardada. É auto-protegida posso assim dizer, porque a palavra de Deus é viva e eficaz. Lâmpada para nossos pés e luz para nosso caminho. Andamos seguros.

 

 

 

Os benefícios da instrução

 

Filipenses 4:12 - Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.

É notório que Paulo superava qualquer adversidade de sua caminhada devido às instruções de Deus sobre sua vida. Certamente muitos foram os momentos que afligiram o corpo e a alma deste homem, no entanto, estar instruído corretamente em Deus, o tornou forte diante dessas lutas, e consistente diante das adversidades.

 

I Tessalonicenses 4:9 - Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros.

Observe as palavras de Paulo: O amor entre os irmãos não é um capricho que nós devemos escolher se queremos amar ou não. Não é uma sugestão amar ou não. Ou ainda só vou amar aqueles que eu quiser amar ou me simpatizar.

É uma instrução Divina que o amor entre os cristãos deve ser real e não fingido.

Milhares são os que freqüentam igreja juntos mais não se falam, não rogam uns pelos outros, vivem em grupos, facções, desarmonia, unidos pelo corpo físico e separados pelo sentimento. E isso por quê? Porque não há nesses lugares instrução. Os líderes são os primeiros que não vivem tal ensino. Assim sendo, não há como esperar de uma congregação a unidade do corpo sem uma instrução correta.

 

II Timóteo 3:16-17 - Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça. Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

 

Paulo quando escreve ao seu filho na fé Timóteo, o alerta quanto aos perigos que ele enfrentaria: tempos trabalhosos. No entanto, Timóteo teria uma ferramenta poderosa para combater esse mal: As Escrituras.

Ela é poderosa para instruir em todas as coisas, para que o homem seja perfeitamente apto para toda boa obra.

A decadência moral e espiritual que vemos em nossos dias nos supostos cristãos, é proveniente da falta de instrução bíblica em todos os campos da vida humana. Quando não há quem ensine, cada um faz aquilo que parecer bem aos seus próprios olhos.

Certamente as coisas irão de mal a pior, diariamente pessoas são vencidas pelo pecado, não possuem uma consistência na caminhada, são inseguras quanto à salvação, inseguras quanto ao relacionamento com Deus.

A quadrilha de mestres

 

Balaão, Jezabel, fariseus e saduceus, a quadrilha da morte.

Nomes que são lembrados como ícones para a perversão dos ouvintes.

Rapidamente cada um deles:

Balaão: Um profeta do Antigo Testamento. Sua história pode ser resumida no texto de Apocalipse 2.14, que segue logo abaixo.

II Pedro 2:15 - Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça.

Judas 1:11 - Ai deles! porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré.

Apocalipse 2:14 - Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem.

Logo podemos ver que três cartas citam o profeta, e em todas elas, Balaão é lembrado como um perigo ao Reino de Deus. Balaão já estava na sepultura, mais suas ações, os propósitos do seu coração, foram “incorporadas” em mestres que sondavam a igreja de Cristo.

Como ele não podia amaldiçoar Israel (a mando do rei Balaque), com os olhos no prêmio que o rei prometeu, ele ensina que amaldiçoar não daria, pois foi Deus quem abençoou Israel, mais havia uma estratégia que poderia dar certo:

Números 31:15-16 - E Moisés disse-lhes: Deixastes viver todas as mulheres? Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, deram ocasião aos filhos de Israel de transgredir contra o SENHOR no caso de Peor; por isso houve aquela praga entre a congregação do SENHOR.

Balaão é o exemplo real, daqueles que se vendem, pervertem o evangelho, e arruínam a igreja de Cristo com olhos na avareza.

 

Jezabel.

Mulher do Rei Acabe. Conhecida por ser uma mulher má.

Apocalipse 2:20 - Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.

Novamente alguém que já morreu é lembrado por suas iniqüidades.

Havia alguém dentro da Igreja de Tiatira, que possuía o mesmo espírito que agia em Jezabel nos tempos dos reis.

Era uma mulher perversa, idólatra. Que agia com malícia. Dela se diz:

I Reis 21:25 - Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do SENHOR; porque Jezabel, sua mulher, o incitava.

Importante observar que o governo de ensino dessas pessoas é o mesmo. O espírito que habita e governa essas pessoas é maligno, mais eles estão entre nós!

 

Fariseus e saduceus

 

Os fariseus e saduceus eram dois partidos religiosos que interpretavam a Lei de Deus de forma diferente. Os fariseus eram judeus zelosos, com muitas regras, e os saduceus eram sacerdotes que tentavam incorporar idéias gregas no judaísmo. Jesus reprovou das práticas tanto dos fariseus como dos saduceus.

Os fariseus eram um grupo de judeus muito religiosos, que se dedicavam a obedecer toda a Lei de Deus e a interpretar corretamente as Escrituras (o que chamamos hoje de Velho Testamento). Eles também seguiam muitas tradições orais. Os fariseus acreditavam que para agradar a Deus cada pessoa tinha de obedecer fielmente a todas as regras das Escrituras e da tradição.

Os fariseus eram bem vistos pelo povo judeu por seu zelo em obedecer a Deus e porque não comprometiam seus valores para agradar outros. Os fariseus formaram as sinagogas, que foram o modelo para as igrejas atuais, para ensinar a Palavra de Deus ao povo. Eles acreditavam na ressurreição e aguardavam a vinda de um Salvador de Israel.

Jesus condenou os fariseus por sua hipocrisia. Eles faziam muitas coisas só para manter as aparências e davam mais atenção à tradição oral que à Palavra de Deus. Muitos caíram no legalismo: obedecer a todas as regras se tornou mais importante que um coração sincero e arrependidoJesus também condenou seu desprezo e sua falta de compaixão por todos que não conseguiam seguir seu alto padrão de vida.

 

Os saduceus eram uma elite religiosa de sacerdotes. Eles controlavam tudo que acontecia no Templo e tinham grande influência política. O poder dos saduceus vinha de sua preocupação em manter boas relações com os invasores romanos.

Para os saduceus, só os primeiros cinco livros do Velho Testamento (conhecidos como a Torá ou o Pentateuco) tinham autoridade divina. Eles não focavam tanto em todas as regras dos fariseus e acreditavam que podiam incorporar ideais gregos no judaísmo. Os saduceus não se davam bem com os fariseus.

Jesus condenou os saduceus porque não acreditavam na ressurreição. Eles também ignoravam o mundo espiritual e muitas vezes se preocupavam mais com o poder político que com a obediência a Deus. Quando o Templo foi destruído os saduceus deixaram de existir.

Jesus, sempre preocupado com a vida espiritual de seus discípulos, os alertava quanto ao ensino vindo dessas classes religiosas:

Mateus 16:12: "Compreenderam, então, que não lhes dissera que se guardassem do fermento dos pães, mas que se acautelassem da doutrina dos fariseus e saduceus."

Essas são as palavras do Nosso Senhor. Uma advertência aos seus discípulos quanto aos ensinos dos fariseus e saduceus, que foram comparados ao fermento. Que mesmo que seja em pouca quantidade, se for ingerido, pode estragar todo o conteúdo já ensinado por Cristo.

É muito claro o poder de destruição dos falsos ensinos. E Jesus sabia disso.

Podemos aprender com os fariseus e saduceus evitando seus erros. Os dois grupos caíram em extremos. Os saduceus reduziram sua religião ao minimalismo, uma fachada religiosa para obter poder político. Os fariseus exageraram nas regras, se esquecendo do que é mais importante. Os dois grupos se afastaram de Deus e tinham prioridades erradas. Eles também não tinham a humildade para aceitar que podiam estar errados. Quando Jesus os repreendeu, em vez de se arrependerem os dois grupos se uniram para o matar!

 

Quando Paulo foi levantado por Deus, como pregador do evangelho, jamais deturpou os ensinos do Mestre, pelo contrário, sempre com muito zelo, se dedicou em pregar o evangelho com sinceridade:

2Coríntios  2:17: "Ao contrário de muitos pregadores, não somos mercenários da Palavra de Deus, mas anunciamos a Cristo com sinceridade, da parte de Deus e na sua presença."

2Coríntios 4:2: "Pelo contrário, rejeitamos os procedimentos secretos e vergonhosos; não fazemos uso de qualquer tipo de engano, nem torcemos a Palavra de Deus. Mas, por meio do claro ensino público da verdade, recomendamo-nos à consciência de todas as pessoas, perante a Deus."

 

 

 

É notório que o maior perigo que nos cerca são os ensinos. São eles que movem nossos passos, que criam nossas crenças, que regem nossos comportamentos.

Se olharmos com atenção, no início de tudo, foi a serpente com seu ensino que persuadiu Eva a desobedecer a Deus, que acabou levando Adão a cometer também a desobediência.

A isso Paulo fez menção aos Coríntios:

II Corintios 11:3 - Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.

Por isso buscamos o perfeito ensino. Rogamos à Deus pela revelação da palavra. Sujeitamos nossas vontades ao Senhor, para este fim:

Efésios 4:14: O objetivo é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para o outro pelas ondas teológicas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela malícia de certas pessoas que induzem os incautos ao erro.

Prestem atenção: Induzem os incautos (ingênuos), ao erro!

 

Conclusão.

O maior dos perigos na vida cristã sem dúvidas são as heresias. Ensinos que pervertem a graça de Deus, e levam milhares ao engano.

Enquanto muitos estão ensinando que a santificação vem pelo externo, outros usando o autoritarismo, alguns usando os movimentos como base de culto, milhares não se firmam na fé, são vencidos pela carne, desanimam na caminhada e se decepcionam a cada dia com a igreja dos nossos dias.

Sigamos firmes no alimento puro sem fermento.

Deus nos ajude...

Jeferson Rangel.

 

 

 

 

Ponto de visto por Jeferson Rangel

  TUDO É RELATIVO.   II Tessalonicenses 3:2 - E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos.   Einst...