sexta-feira, 24 de maio de 2019

Coaching, fé e ética - Jeferson Rangel


O coaching, a fé e a ética.
Por Jeferson Rangel.

O coaching
Um termo que está em grande estima e uso, é o termo coaching. Vejamos o significado do mesmo:
Coaching é uma palavra em inglês que indica uma atividade de formação pessoal em que um instrutor (coach) ajuda o seu cliente (coachee) a evoluir em alguma área da sua vida.
O conceito de coaching surgiu por volta de 1830 na universidade britânica de Oxford para definir um tutor particular, alguém que ajudava o aluno a se preparar para um exame de uma determinada matéria. Com o tempo passou a ser usada também para se referir a um instrutor ou treinador de cantores, atletas ou atores.
A palavra coaching vem da palavra inglesa "coach" e significa treinador. Esse treinador tem o objetivo de encorajar e motivar o seu cliente a atingir um objetivo, ensinando novas técnicas que facilitem seu aprendizado.
Um tipo de coaching bastante procurado é o "coaching de liderança", uma qualidade cada vez mais valorizada. No coaching de liderança, o gestor procura orientar seu colaborador no seu desempenho, usando metas claras para criar alvos mensuráveis, além de reconhecer potenciais e desenvolver competências da sua equipe. Também envolve-se na aprendizagem da sua equipe, encaminhando e recebendo comunicações para resultados excelentes.

Esse termo, e esses profissionais, como descrito acima, são pessoas capacitadas para promoverem, ajudarem e capacitarem pessoas a serem realizadas e alcançarem objetivos principalmente na área pessoal. Sucesso financeiro, sucesso emocional, sucesso profissional e demais áreas que todo ser humano convive no seu dia a dia.

Agora, quero falar sobre a fé.
Quando falamos em fé, estamos tratando do lado espiritual do ser humano. O lado místico. O lado um tanto esquecido pela sociedade, embora a mesma seja muito religiosa. Sim, há uma enorme diferença entre ser religioso, ter fé, e de fato, possuir um relacionamento verdadeiro com Deus.
E quando falamos do lado espiritual do ser humano, evidente que estamos falando de Deus e de tudo que está relacionado ao mesmo.

Assim sendo, quando o assunto está relacionado a Deus, devemos entender que pessoas qualificadas e que de fato possuem um sério compromisso com Deus, deve ensinar as pessoas.
É claro que qualquer um pode ensinar sobre Deus, dar sua opinião, seu ponto de vista, isso porque somos livres para falar o que quisermos, e o que pensamos, agora, tudo o que falamos e procuramos ensinar, precisa estar pautado na lei suprema, na autoridade máxima que ensina sobre Deus: nas Escrituras, na Bíblia Sagrada.

Quando o assunto é fé, não podemos misturar as coisas: Iremos falar sobre relacionamento com Deus. Quem é Deus, seus propósitos, a visão de Deus para o homem, a vontade de Deus para a humanidade, o assunto principal das Escrituras (Jesus Cristo), Trindade, dons, salvação, perdição, céu e inferno, santidade e outros assuntos extremamente importantes para a vida humana.
Embora a Bíblia trate de diversos assuntos, e tenho certeza que a mesma trata de todos os assuntos necessários e vitais para o homem, os assuntos seculares, terrenos, não são nem de perto o propósito maior da mesma.
Creio sim, que Deus não tem prazer na derrota, na tristeza, na angústia ou seja qual for o problema que o homem esteja passando, todavia, quando tratamos de fé, tratamos de conhecer a Deus, e não ter a Deus como um coaching, um treinador ou motivador para nossa vida, isso porque quem precisa ser tratado é nosso lado espiritual e não físico.
Talvez você pense: Mais um está ligado ao outro. Sim, não discordo, mais lembre que estamos falando de fé, de conhecer a Deus, o lado espiritual do ser humano, e não o lado terreno.

A ética.

Não vejo menor problema um cristão ser pastor e coaching. Não vejo menor problema um cristão ser pastor médico. Não vejo menor problema um cristão ser pastor e gerente de banco. Não vejo menor problema um cristão ser pastor e qualquer profissão digna.
Mais devemos ter ética e separar as coisas. Cada um na sua. Como dizem: cada um no seu ambiente.
Não podemos usar os conceitos e aprendizados terrenos, misturados com a palavra de Deus.
Podia construir aqui uma mensagem expositiva sobre essa verdade, mais deixarei aqui apenas algumas passagens bíblicas, onde esse tipo de ensino já era reprovado na era apostólica:
I Corintios 2:4-5 - A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder. Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.
II Corintios 4:1-2
1 - Pelo que, tendo este ministério, assim como já alcançamos misericórdia, não desfalecemos
2 - pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus.

Toda essa psicologia, filosofia e coaching que hoje tomaram um grande espaço nos púlpitos e redes sociais, diminuíram o sacrifício do Senhor Jesus. Foi lançado quase para o último plano e eficiência. O sacrifício de Cristo, a morte expiatória, a ressurreição, o poder de Deus em Cristo, a justiça de Deus em Cristo, a suficiência do poder de Deus nos Evangelhos aos poucos, dia após dia está sendo esquecida, menosprezada, abandonada.

I Timóteo 4:1 - MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.
II Timóteo 4:3-4 - Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências. E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.

Sim, esse ensino de Paulo servem para os nossos dias, e aliás, são para nossos dias. Qualquer ensino que desvio o coração do homem da santificação, do quebrantamento, da expectativa de retorno de Cristo, e faz de Deus apenas seu empregado, ou o Aladin dos nossos dias, é diabólico. Pode servir para o lado carnal do homem, pode surtir efeito numérico e testemunhos poderosos, mais não levam ninguém ao conhecimento profundo de Deus e das Escrituras.

Concluindo...
Se você conseguiu ler até aqui, digo que não sou contra os profissionais de qualquer área, só defendo que cada um deve ter ética para reconhecer, respeitar e honrar cada ambiente que o mesmo chegar.
Se eu for no médico, e começar a dizer que não aceito medicação e sua orientação médica porque tenho fé que Deus vai me curar, então nem devo ir até ele, ou se discordar dele por motivos da minha fé, estarei afrontando, desrespeitando o profissional.
Entao leitor, cada um na sua área... Coaching, fé e ética.

Jeferson Rangel.

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