sábado, 7 de outubro de 2017

Seja sim ou não.


Sim ou não.

Mateus 5:37 - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.

Nota: Tiago 3:2 - Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.
Longe de mim com esse breve estudo me colocar acima de qualquer um dos irmãos. Me enquadro no versículo acima, por muitas vezes falando e não cumprindo. Estamos unidos nesse propósito maior, de sermos pessoas que com a boca promete, e com as ações cumprem. Que Deus nos ajude.

O quanto levamos a sério nossas palavras? Será mesmo que jogar palavras ao vento não nos prejudica em nada? Como Deus vê a cada um de nós que falamos e não cumprimos? Como as pessoas nos vêem? Como nossa família nos vê? Qual testemunho a sociedade dá das nossas atitudes?
Quando conversamos com as pessoas sobre profissionais autônomos, a maioria, ou quase a totalidade, reclama de promessas não cumpridas. Desde a visita para orçamento, a execução e a conclusão. Não cumprem o que prometem.
O mais assustador, é saber que isso quase que é”normal” entre as pessoas. Se isso é ruim para os ímpios, que dirá para nós que professamos a fé cristã.

Caro leitor, se você professa a fé cristã, isso pesa ainda muito mais sobre ti. Acredito que boa parte da descrença no próximo venha dessa terrível falha: Falar e não cumprir.
É evidente que falhamos, que erramos, que deixamos de cumprir algumas de nossas palavras diante das pessoas, mais isso não pode ser rotina. Isso não pode ser visto como um comportamento normal, porque não é. Não acredito que podemos julgar normal um comportamento assim.
Nossa meditação será baseada não em mim, não no que eu acho ou no que eu penso, mais sim no que Deus acha, no que as Escrituras testificam.

- Cristo, nossa referência no assunto -

Nas bem-aventuranças pregada pelo Nosso Senhor, há uma parte dedicada ao comportamento das pessoas em relação ao jurar.
O Sermão da Montanha não é, em primeiro lugar uma declaração de princípios para a Igreja cristã (que na ocasião ainda não fora revelada), nem uma mensagem evangelística para os perdidos, mas um esboço de princípios que caracterizariam o reino messiânico que Cristo anunciava.
E isso, a igreja experimentou em seu nascimento e no decorrer da história. Os princípios ensinados por Cristo, se manifestaram nas ações e na vida de nossos irmãos.
Quando Jesus vai fazer referência sobre votos, ele trouxe parte do Pentateuco, um texto conhecido pelo líderes religiosos que estavam à sua volta: Deuteronômio 23:21-23 - Quando fizeres algum voto ao SENHOR teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o SENHOR teu Deus certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado.Porém, abstendo-te de votar, não haverá pecado em ti. O que saiu dos teus lábios guardarás, e cumprirás, tal como voluntariamente votaste ao SENHOR teu Deus, declarando-o pela tua boca.
Jesus traz a memória sobre o assunto que Deus cobra o voto que é feito, por isso era melhor não fazer, do que fazendo, não cumprí-los.
Nós cristãos, não devemos jurar para autenticar aquilo que dizemos. Os judeus conheciam muito bem essa lei, e usavam a legitimamente ou não. No entanto, Jesus veio trazendo um ensino muito mais promissor: Suas palavras sejam o sim, ou o não, já basta para Deus tal prática. Não vá além disso, pois cairá na condenação do diabo.

Tiago instruindo os irmãos, usa o mesmo texto do Nosso Senhor:
Tiago 5:12 - Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualque
r outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação.

O comprometimento em fazer o que falamos não está no juramento, mas sim no caráter, na honestidade de alguém que de fato teme ao Senhor. Por isso não necessitamos de fazer juramentos para confirmar nossas palavras ou promessas, o comprometimento com Deus é que deve ser pesado nesta balança.
Pois se não for assim seremos condenados naquilo que falamos, pois se não cumprirmos o que falamos seremos condenados pela própria palavra que proferimos.
Mateus 12:36-37 - Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.

Não é estável, segura, uma comunidade que não se pode confiar nas palavras uns dos outros.
Precisamos criar relacionamentos saudáveis, verdadeiros. A conversa do cristão é de alguém que nasceu de novo. A pureza de nossa conversa, a integridade de nossas promessas, a honestidade transparente da pessoa que somos, dão testemunho de que somos cristãos em nossos atos e não só de nome.
Até Deus se restringe a pessoas que não honram palavras, compromissos:
Tiago 1:5-8
5 - E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.
6 - Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.
7 - Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.
8 - O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos.

O homem de coração dobre, é aquele que não define suas opiniões, vacilante e inconstante nas ações. Isso é um problema que precisamos lutar para resolver, isso porque afeta diversas áreas da nossa vida.
Abaixo, alguns versículos que nos admoestam quanto ao uso das palavras:
Provérbios 13:3 - O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito os seus lábios se destrói.
Provérbios 21:23 - O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias.
Tiago 1:26 - Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.
I Pedro 3:10 - Porque Quem quer amar a vida, E ver os dias bons, Refreie a sua língua do mal, E os seus lábios não falem engano.
Tito 2:8 - Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós.
Podemos notar que as Escrituras nos alertam quanto à necessidade de vigiar quantoo às nossas palavras.
Falar é algo despretencioso, falamos demais. Dizemos muitas coisas, mais no momento de colocá-las em prática, estamos bem longe da realidade.
Temos por hábito dizer sim, para muitas coisas, talvez para evitar o constrangimento ou criar um sentimento ruim, mais o que seria pior? Dizer não e fazer ou dizer sim e não fazer?

Temos um texto em Mateus 21, sobre os trabalhadores na vinha, que cabe bem no presente estudo que diz:
Mateus 21:28-32
28 - Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
29 - Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.
30 - E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.
31 - Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.
32 - Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.
A vinha é o Reino, um dos filhos são os perdidos, o outro seriam os escolhidos judeus.
Deus chama ambos para a vinha. Todos precisam de arrependimento para perdão dos pecados. O primeiro dizendo não queria seríamos nós, que após a pregação somos convencidos a ir para vinha.
O outro filho, seriam os judeus, pela qual esperavam o Messias, mais que disseram não.
Interessante, que é melhor dizer não e se arrepender e ir, do que dizer sim, e não cumprir com a palavra.
Jesus testifica que quem fez a vontade do Pai foi aquele que disse não, mais foi.
Precisamos ser francos. Realistas. Precisamos nos importar com o próximo que aguarda de nós uma postura coerente com aquilo que falamos.
No entanto, não podemos fugir de responsabilidades dizendo sempre não. Pois assim seremos olhado por todos como pessoas sem compromisso, que não coopera com nada.

- Uma análise de como somos vistos -

Para uma análise introspectiva, irei colocar algumas pessoas e grupos que nos cercam, e iremos avaliar como essas nos vêem, e que resultado final alcançamos com eles:
1- Como Deus nos vê?
2- Como nossos filhos nos vêem?
3- Como nossos conjuges nos vêem?
4- Como nossos vizinhos nos vêem?
5- Como nossa família nos vê?
6- Como nossos patrões nos vêem?
7- Como nossos funcionários nos vêem?
8- Como a sociedade nos conhece?

Já parou para pensar que existem pessoas que são conhecidas com sobrenome de mentirosa (o)? Exemplos: Chama o “fulano mentiroso”, vai chamar o “ciclano mentiroso”? Mais você vai contar com o “Beltrano mentiroso?”
O mais terrível de sermos pessoas que não cumprimos o que falamos, é ficarmos conhecido como pessoas desacreditadas, sem palavra.

Com sinceridade, você confiaria em você mesmo?
Você poderia contar contigo para realizar determinadas tarefas? Você poderia contar contigo em determinado horário? Ou melhor, você acha que alguém confiaria a vida de alguém importante à você?
Sabemos que não somos perfeitos amados, mais precisamos levar mais a sério nossas palavras, nossos atos, o tempo está passando, e que legado iremos deixar para trás?
Quer ver uma outra postura que muito compromete a vida humana: Falhar nos horários que marcamos.
Amados isso é muito sério.
Já pensou na bola de neve que pode causar um atraso ou uma falta sem aviso prévio?
Que nossa palavra seja o SIM...sim. E o NÃO...não, para que não venhamos a cair em condenação.

Conclusão.
É claro que poderemos ainda muitas vezes errar com várias pessoas e em vários lugares em muitos anos de nossa vida, afinal, estamos nesse corpo corruptível, mais que possamos pensar bem antes de darmos nossa palavra, e que ainda haja tempo de consertar a nossa moral diante de todos, se nossa palavra por muitas vezes não foram cumpridas.
Que Deus nos ajude...


Jeferson Rangel

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