terça-feira, 14 de novembro de 2017

O cristão na sociedade - Estudo


O CRISTÃO NA SOCIEDADE

Graça e paz meus irmãos.
Veremos nesse estudo, quão importante é a posição do cristão na sociedade em que estamos inseridos.
Muitos cristãos possuem dúvidas e dificuldades em se comportar no seu dia a dia diante de lugares e pessoas, e até mesmo acabam causando uma imagem negativa da fé.
Iremos ver a função que Jesus outorgou sobre seus discípulos e que recai sobre nós também: A função de serem sal e luz da Terra.
Quanto a isso, não importa o estilo de vida que cada um de nós levamos: reservado, aventureiro, esportista ou qualquer outro gênero, em todos eles, a função de sal e luz deve atuar.
Precisamos lembrar as palavras do apóstolo Pedro:
I Pedro 2:9 - Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

Texto base:
Mateus 5:16 - Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
Nosso objetivo é mostrar a grande necessidade do crente exercer sua influência no mundo brilhando com o testemunho de Cristo. Que Deus nos ajude por meio do seu Santo Espírito.
Mateus 5:13-14 - Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.

Para definir a influência que o cristão deve exercer na sociedade, Jesus usou a figura de dois elementos: O sal e a luz.
E aqui, quero como introdução, trazer o comentário de Jonas Madureira sobre o paralelo desses dois elementos com a igreja de Cristo:
O sal e a luz tem a ver com o que se doa, com o que se gasta, e não com o que se adquire e se retém. A igreja deve ser como o sal e a luz. A igreja foi forjada na cruz. Ela foi feita para perder e não para ganhar.
No Reino do crucificado, o que ganha perde e o que perde ganha. A igreja da prosperidade nunca vai entender essa lição. Ela não foi forjada na cruz, mais no dinheiro, por isso a sua teologia é tão insossa (sem sal, sem açúcar), quanto sombria. Jonas Madureira.

·         O sal.
No mundo antigo o sal era o preservador mais comum. Antes da invenção da geladeira, o sal era usado para preservar a carne e o peixe do apodrecimento. Até hoje é usado na tão conhecida carne-de-sol do Nordeste. Por isso o sal possuía muito valor naqueles tempos.
O sal passou a ser o tempero mais comum para dar sabor à comida. Sabemos que uma comida sem sal é percebida logo que vai a boca, essa é a sua característica mais conhecida.
A influência do crente no mundo deve ser como o sal para a comida – a presença do crente dá um novo sabor ao ambiente no escritório, na faculdade, na fábrica, etc. Será que a nossa presença tem essa influência positiva? Infelizmente, muitas pessoas consideram que o crente tira o sabor da vida.
E de fato, a presença de certos crentes tiram a alegria do ambiente, tiram a paz do ambiente, tiram a espiritualidade do ambiente.
Assim, se o crente vai ser “o sal da terra”, deve ter uma influência antisséptica no mundo. A presença do crente deve evitar o progresso do mal, derrotando a podridão ao seu redor.
É uma tragédia que a igreja evangélica, representando 20-25% da população brasileira, não tem exercido influência maior para o bem no meio político, sindical e social, como o verdadeiro “sal da terra”. “Os cristãos foram colocados por Deus numa sociedade secular para retardar esse processo de podridão. Deus pretende que penetremos no mundo. O sal cristão não tem nada de ficar aconchegado em elegantes e pequenas despensas eclesiásticas; nosso papel é o de sermos ‘esfregados’ na comunidade secular, como o sal é esfregado na carne para impedir que apodreça” (Stott)
Interessante o comentário de sermos “esfregados”, pois é dessa forma que o sal é absorvido na carne.
O sal é sinônimo de pureza.

Não há dúvida que sua brancura brilhante fez essa ligação fácil. Os romanos diziam que o sal era a coisa mais pura de todas as coisas, porque veio das coisas mais puras, o sol e o mar.
Se o crente vai ser “o sal da terra”, tem de ser um exemplo de pureza. Uma das características da sociedade em que vivemos é o rebaixamento dos padrões de pureza. Não há mais restrições na área moral – sexo antes de casamento é normal, e infidelidade no casamento é comum. Os filmes com cenas de sexo explícito na TV e no cinema, as piadas sujas no trabalho e no escritório são áreas nas quais o crente tem de demonstrar sua pureza. Em outras palavras, o crente deve ser mais corajoso na condenação do mal. “Às vezes, os padrões de uma comunidade afrouxam-se por falta de um explícito protesto cristão” (Stott).
Tiago 1:27 - A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.
Nosso Salvador orou ao Pai, não para que fôssemos tirados do mundo, mais para que O Pai nos livrasse do mal. Com isso, nosso dever é manter-se puro.
Leonard Ravenhill (1907–1994), um evangelista inglês, disse, “O maior milagre que Deus pode fazer nos dias de hoje é tirar um homem profano de um mundo profano, tornar este homem santo e então colocá-lo de


volta naquele mundo profano fazendo-o permanecer santo.” Sem dúvida, este é o maior dos milagres que Deus realiza na vida de uma pessoa.

A eficácia do sal.

Para continuar a ser útil, o sal tem de conservar a sua salinidade. É um fato que o sal não pode perder sua qualidade de salinidade. John Stott explica que “o cloreto de sódio é um produto químico muito estável, resistente a quase todos os ataques. Mas provavelmente Jesus está alertando Seus discípulos de que o sal pode se tornar adulterado por impurezas e, quando isso acontece, “para nada mais presta”. A mesma coisa pode acontecer aos discípulos. A salinidade do crente vem do seu caráter descrito nas bem-aventuranças; se não servem ao Senhor pelas suas boas obras, se tornarão inúteis e serão rejeitados. O problema, muitas vezes, é que o crente se deixa contaminar pelas impurezas do mundo, e, por isso, perde a sua capacidade de influenciar. 
É irrecuperável – “como lhe restaurar o sabor?” Não há remédio para o sal sem sua salinidade.  É inútil – “para nada mais presta.” É condenado à destruição – “lançado fora, ser pisado pelos homens.
Observar as conseqüências que podem vir se perdemos a qualidade de sal, nos levam a ter mais cuidado com nossa vida com Deus.
Que nossas vidas possam contribuir para o progresso do Reino de Deus na vida das pessoas.
Os incrédulos são muitas vezes afastados do mal por causa de uma consciência moral cuja origem pode ser encontrada na influência cristã. Isso mostra a importância que nós exercemos neste mundo.

Luz do mundo.

Luz é uma figura muito importante nas Escrituras. “Deus é luz” (1Jo 1.5). Isaías 9.2 fala da vinda de Jesus: “O povo que andava em trevas viu grande luz”. A missão de Israel era ser “luz para os gentios” (Is 42.6; 51.4-5). Paulo nos lembra que “o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2Co 4.4).
É interessante que Jesus convoca Seus seguidores a ser aquilo que Ele mesmo é – “Eu sou a luz do mundo”. Aqueles que permanecem em Cristo, a verdadeira Luz, são também luz. A luz de Jesus, brilhando neles, aparece em cada rosto, nas palavras, nas ações, e ilumina o mundo ao redor.
As casas na Palestina eram bastante escuras, com uma abertura pequena que servia de janela. A posse da luz de Cristo faz com que Seus discípulos sejam visíveis, como uma “cidade edificada sobre um monte”, que pode ser claramente vista a quilômetros de distância. Os crentes não podem se esconder e deixar de brilhar para Cristo.
Esse texto enfatiza que não pode haver discípulos secretos. A nossa fé deve ser vista na maneira pela qual tratamos o balconista na loja, a doméstica em casa, o porteiro no prédio, o empregado no serviço.

Paulo, ao escrever aos filipenses, enfatiza sua função: “Inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Fp 2.15). O mundo não pode permanecer nas trevas.
A luz avisa do perigo – revela os perigos que nos cercam neste mundo tenebroso. A luz é um guia – “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos” (Sl 119.105). Pelo nosso testemunho brilhante, dirigimos muitos no caminho certo.
A luz deve brilhar no MUNDO – é bom observar que o lugar onde devemos brilhar para Jesus é o mundo, onde as trevas dominam.
Jesus não disse – “Vós sois a luz da igreja”, mas “Vós sois a luz do mundo”. “Brilhar” dentro de uma igreja, entre o local de congregação, não é a função que nos foi dada. Devemos ser luz diante dos homens. Infelizmente a igreja se tornou uma constelação de crentes, e Cristo que deveria brilhar entre as pessoas está apagado.

O resultado da luz

Outros podem ver as nossas boas obras – Jesus esclarece que as nossas boas obras são essa luz. Essa expressão abrange tudo o que o crente faz e diz, demonstrando sua fé cristã. Em outras palavras, refere-se ao seu testemunho diário. Outros podem glorificar ao nosso Pai nos céus – Nossas boas obras não devem chamar a atenção para nós, mas para Deus. “Quando os homens vêem tais obras, disse Jesus, glorificam a Deus, pois elas encarnam as boas novas do Seu amor que nós proclamamos” (Stott).

Podemos concluir...

Não há dúvida que Jesus está enfatizando que deve haver uma diferença fundamental entre o crente e o não crente, entre a igreja e o mundo. Diz Stott: “Este tema é básico no Sermão do Monte. O Sermão foi elaborado na pressuposição de que os cristãos são por natureza diferentes, e convoca-nos a sermos diferentes na prática. Provavelmente, a maior de todas as tragédias da igreja ao longo de sua história … tem sido a sua constância de conformar-se à cultura prevalecente, em lugar de desenvolver uma contracultura cristã”.
Assim aprendemos que fomos colocados no mundo com este papel duplo: como sal, para interromper, ou pelo menos retardar este processo da corrupção moral e espiritual, e como luz, para desfazer as trevas.
John Stott resume a função do crente da seguinte maneira: “Jesus chama os Seus discípulos para exercerem uma influência dupla na comunidade secular: uma influência negativa, de impedir a sua deterioração, e uma influência positiva, de produzir a luz nas trevas. Pois impedir a propagação do mal, é uma coisa; e promover a propagação da verdade, da beleza e da bondade é outra”.
Se carregamos o nome de cristãos, mais não “funcionamos” nas funções que Cristo nos outorgou, então, para nada servimos, senão para escândalos e descrédito.
Que Deus nos ajude, a cumprir com essa santa vocação.
Abaixo, segue algumas reflexões de homens que serviram como sal e luz nesta terra:

· Entramos na família cristã por vocação e somos identificados nela por meio do caráter. Herbert W. Cragg
· Se você fosse preso por ser cristão, haveria provas suficientes para condená-lo? David Otis Fuller
· Se você é cristão, não é um cidadão deste mundo tentando chegar ao céu; mas, sim, um cidadão do céu abrindo caminho através deste mundo. Vance Havner
· Considero cristão de fato aquele que não se envergonha do evangelho nem é uma vergonha para ele. Matthew Henry

"Crucificado" é o único adjetivo definido pelo qual se descreve a vida cristã. J. Furman Miller

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