segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Oportunidades



Todos merecem oportunidades. Sem dúvidas. E Deus é quem mais concede oportunidades às pessoas. Podemos chamar esse atributo de Deus de longanimidade.
Uma manifestação de oportunidade que Deus concedeu ao mundo está em Seu Filho Jesus. Por meio Dele podemos obter perdão, reconciliação e vida. 
João 3:18 - Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
João 3:36 - Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.
Merecemos oportunidades para muitas coisas. E devemos conceder oportunidades para as pessoas. Mais até quando devemos recebê-las? Mais até quando devemos concedê-las? Parece soar um pouco maligno não conceder oportunidades às pessoas, mais haverá momentos, que para o bem maior, oportunidades devem ser negadas. Seria injusto da parte de Deus exercer sua justiça e juízo sobre todos que rejeitaram as oportunidades por Ele dadas? Acredito que não.
O texto que iremos aprender hoje segue abaixo:

Mateus 23:37-38 - Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te
 enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste! - Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta.

O contexto: Jesus reune os discipulos e as multidoes e discursa sobre a classe religiosa.
O tema? Observe e faça tudo que eles disserem, mais jamais ande como eles! Pois ensinam mais não praticam: eles são hipócritas.
Jesus separou uma parte do seu ministério para ir de encontro ao comportamento desses lideres. Um extenso e duro discurso para uma classe de pessoas que não aceitavam as palavras do Mestre e se julgavam certos em suas ações.
Nada fácil para eles ouvirem duras palavras, mais Jesus deixou bem claro, que a maneira como procediam não agradava a Deus e se voltaria contra eles mesmos.

Vamos a análise do versículo em pauta:
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados!
Jerusalém, um comportamento frio. Indiferente. Sem menor sentimento com o cuidado de Deus.
Mata os profetas. Apedrejas os que te são enviados. Com qual objetivo Deus os envia? Para o bem. Para darem ouvidos à voz de Deus. Para deixarem suas teimosias. Para abandonarem seu senso de justiça propria e se converter à palavra do Senhor.
A mesma situação que Jeremias enfrentou no período dos profetas, isso vemos no capítulo 25 do seu livro. (Ler)

Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos.
Quantas vezes Jesus revela o quanto Deus gostaria de vê-los se arrependendo! De contemplar o quebrantamento. De alcançar seus corações impenitentes e levá-los à salvação.
Quantas vezes fala de oportunidades. Deus não tem prazer na morte espiritual de ninguém. Jesus não veio ao mundo para condenar, mais para salvar.
Mais Jesus se defrontou com corações duros como diamantes, e exclamou sobre eles: Vós não quereis vir a mim para terdes vida! (João 5.40)
Lucas 13:7 - E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?
Jesus ilustra a parábola do vinhateiro fazendo alusão ao coração seco dos religiosos. Durante três anos Jesus vinha semeando a sua palavra, mais não dava frutos.

Como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas.
Jesus faz um paralelo do cuidado que uma galinha possui com seus pintinhos.
Quem já viu uma galinha com filhotes sabe como elas agem. Defendem mesmo, não importa o tamanho do oponente. Não importa se vão morrer, não pensam duas vezes quando o assunto é defender sua cria.
O amor da galinha pelos seus filhotes é real. Assim é o amor de Deus por nós. Assim era o amor de Deus por eles. Mais eles não conseguiam enxergar ou sentir tal sentimento. Suas reações eram de desprezo.

E tu não quiseste!
Eles rejeitaram. E não Deus. Eles foram duros de coração. Incircunsivos. Deus foi paciente. Jesus insistiu com eles. Iria insistir mais a frente por meio da vida de Estevão:
Atos 7:51-53
51 - Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.
52 - A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas;
53 - Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes.]

O profeta Ezequiel, quando chamado, foi advertido por Deus, que Israel não queria dar ouvidos à sua voz. Ezequiel 3:5-7 - Porque tu não és enviado a um povo de estranha fala, nem de língua difícil, mas à casa de Israel. Nem a muitos povos de estranha fala, e de língua difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos tais te enviara, certamente te dariam ouvidos. Mas a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não me querem dar ouvidos a mim; pois toda a casa de Israel é de fronte obstinada e dura de coração.
Sabe o que nos chama a atenção? Deus dizia que se fosse ao estranho que fosse dirigida as palavras que Ezequiel havia comido, eles ouviriam. Mais Israel, que conhece a santidade, justiça e juizo de Deus, rejeitaria.
Hoje nada mudou. Os ímpios estão ouvindo melhor que os que se dizem cristãos. Os ímpios estão com interesse maior que os que se dizem cristãos. Os ímpios possuem maior temor do que os que se dizem cristãos.

Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta.
Como consequencia da rejeição, viria o desprezo de Deus. Viria  os frutos das vossas ações. Deus viraria as costas e permitiria os inimigos destruirem Jerusalém, o que aconteceu no ano 70 d.C.
O texto de Provérbios, conhecido por aqueles religiosos, se cumpriria neles:
Provérbios 1:23-33
23 - Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei saber as minhas palavras.
24 - Entretanto, porque eu clamei e recusastes; e estendi a minha mão e não houve quem desse atenção,
25 - Antes rejeitastes todo o meu conselho, e não quisestes a minha repreensão,
26 - Também de minha parte eu me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo o vosso temor.
27 - Vindo o vosso temor como a assolação, e vindo a vossa perdição como uma tormenta, sobrevirá a vós aperto e angústia.
28 - Então clamarão a mim, mas eu não responderei; de madrugada me buscarão, porém não me acharão.
29 - Porquanto odiaram o conhecimento; e não preferiram o temor do SENHOR:
30 - Não aceitaram o meu conselho, e desprezaram toda a minha repreensão.
31 - Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos.
32 - Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá.
33 - Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.




Aplicação – Reflexão.

Quantas pessoas conhecemos que tiveram várias oportunidades? E hoje estão em uma situação triste, no fundo de um poço, às margens da morte. Desprezados, esquecidos por tudo e por todos?
Podemos dizer que não tiveram oportunidades? Podemos dizer que Deus esqueceu delas? Podemos dizer que as pessoas estão más?
Me lembro de Nabucodonozor, quando depois de erguer uma estátua para sua adoração, foi advertido pelo profeta Daniel, e algumas palavras daquela profecia devem ser consideradas:
Daniel 4:24-28
24 - Esta é a interpretação, ó rei; e este é o decreto do Altíssimo, que virá sobre o rei, meu senhor:
25 - Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
26 - E quanto ao que foi falado, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina.
27 - Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, pois, talvez se prolongue a tua tranqüilidade.
28 - Todas estas coisas vieram sobre o rei Nabucodonosor.
Infelizmente, Nabucodonozor preferiu experimentar o justo juizo de Deus. Preferiu pagar para ver.
Proverbios diz que aqueles que muitas vezes é repreendido e endurece a cerviz, será destruido de repente sem que haja cura (Provérbios 29.1).

Conclusão:

Oportunidades:
A importancia de aceita-las: Será para nosso próprio bem.
O dever de concedê-las: Todos merecem. Assim como Deus fez conosco.
As consequencias de rejeita-las: Colheremos os frutos amargos de nossa dureza de coração.
A necessidade de se nega-las: Quando facilitamos demais a vida das pessoas que não querem mudanças, cooperamos para a própria destruição das mesmas. No entanto, devemos estar prontos para cooperar novamente quando as mesmas buscarem mudanças. Devemos encostar as portas e não trancá-las.
Quando oportunidades não surgirem, então precisamos criá-las. Não podemos esperar a destruição. Se nada em nossa vida está cooperando para melhoras, façamos por onde as oportunidades aparecerem. E lembremos sempre: A oportunidade dança, com aqueles que já estão no salão.
Em Cristo,

Pastor Jeferson Rangel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ponto de visto por Jeferson Rangel

  TUDO É RELATIVO.   II Tessalonicenses 3:2 - E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos.   Einst...