domingo, 22 de setembro de 2013

A verdade revelada

A verdade revelada
Autoria desconhecida – Texto modificado e adaptado
 
A ação do Espírito Santo quer trazer a todos os homens a revelação da Igreja de Jesus. Por séculos o homem foi tentando desviar a igreja da verdade, ao ponto de muitos entendê-la como um local de reuniões e não como um organismo vivo (corpo de Cristo). No conceito de muitos, a igreja foi transformada em uma instituição, sendo impregnadas de ritualismos vazios e filosofias humanas. Existe um grande contraste entre tradição (conceitos abraçados pelos homens, que são subtrações e distorções da verdade) e a verdade revelada que é pura e simples.
Ao longo dos séculos, o Senhor sempre manteve viva sua revelação. É constrangedor conhecermos a história de homens e mulheres, que viveram plenamente um amor profundo a Deus e a sua Palavra. Não somente no passado, mas nos nossos dias, a exemplo dos irmãos na China, Coréia do Norte, Índia e outros países que perseguem cruelmente aqueles que querem viver piamente em Cristo. Mas, vivemos em tempos de apostasia, por isso é importante que todos parem por um momento suas frenéticas atividades religiosas e procurem ver do ponto de vista de Deus.
Vamos tratar de alguns aspectos importantes.

PRIMEIRA PARTE: O EVANGELHO

 
1. A TRADIÇÃO
Pregação de todas as promessas e bênçãos sem o preço (evangelho das ofertas). O homem e sua felicidade é o centro da mensagem. O homem faz uma troca com Deus: aceita-o (?) como salvador, vai a “igreja”, deixa de fazer algumas coisas e recebe como prêmio o céu. Este comportamento leva o homem a concluir que:
§         O Reino de Deus é no céu
§         O Reino é no futuro (volta de Jesus)
§         A consagração total é um passo opcional
§         A salvação é essencialmente um passaporte para o céu
§         O homem é o centro de tudo
 
A ordem divina não é para o homem “aceitar” Jesus, uma expressão inexistente na Bíblia, mas de converter-se a Ele, arrepender-se de seus pecados e nascer de novo. Esta experiência não melhora o homem, mas mata-o e o faz ressurgir para uma nova vida, onde sua vaidade, orgulho, soberba, arrogância, materialismo, mente secularizada, rebeldia, ambição, busca do prazer, malícia, impureza, vício e coisas semelhantes vão ser extirpadas pela morte do velho homem e os atributos divinos vão ser implantados pelo surgimento do novo homem.
 
“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.”
(Rm 6:4-6)
“PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.”
(Rm. 8: 1-2)
 
2. O EVANGELHO
 
Existem promessas, mas existem condições. As promessas não visam o bem estar material do homem, mas a implantação do Reino (governo) de Deus na vida do homem.
 
“Pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção...” (II Ped. 1:4)
Crer sem obedecer é ter uma fé morta, inoperante. "Vinde a mim” não tem valor sem “tomai meu jugo.”
“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me”.
(Mc 8:34)
“... desde então é anunciado o reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele.”
(Lc 16:16)
“Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.”
(Lc 14:33)
“Aquele que diz está nele, também deve andar como Ele andou.”
(I Jo. 2:6)
 
O Reino de Deus é o governo de Deus na vida do homem. O homem deixa de ser independente para ser dependente de Deus.
Em sua atitude perante o evangelho, podemos classificar os homens em três grupos bem distintos:

ü      O INCRÉDULO

Não quer dizer necessariamente ateu. É alguém que não tem interesse em Deus. Qual é seu problema? É que governa sua vida. Controla todas as áreas de sua vida conforme sua própria vontade e para seu próprio prazer. Tem o “Eu” no centro da sua vida, e a partir disto, decide seus demais interesses (trabalho, lazer, família, etc.).
“Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles.” (Ef. 4:18)
ü      O RELIGIOSO
É diferente do incrédulo. Acredita em Deus, cogita Dele, pratica atos religiosos, freqüenta reuniões, chama Jesus de Senhor. Mas qual é o seu problema? O mesmo do incrédulo. Tem o Eu no centro. Vive para si mesmo (embora cante que vive para o Mestre). Deus existe para salvá-lo e abençoa-lo. É um quebra-galho, é apenas uma das suas cogitações. Este está pior que o incrédulo, porque está se enganando.
Negar-se a si mesmo (Mc 8:34) não é negar apenas alguns pecados. É tomar a cruz (Mc 8:34). Mas que é tomar a cruz? É perder a vida (Mc 8:35). Como ocorre isto? Devo morrer literalmente? Não. Esta é uma realidade espiritual, é o próprio arrependimento. Até hoje, a vida era minha, eu era meu dono. Mas agora eu perco, para me submeter ao Senhorio de Cristo. Mas para isto eu devo estar disposto a perder a vida, pois o arrependimento implica renuncia a tudo (Lc14: 33).
O Religioso, tal como o incrédulo, tem o Eu no centro de sua vida, a diferença é que entre suas cogitações está Deus, além de trabalho, lazer etc.

ü      O DISCÍPULO OU SEGUIDOR DE JESUS

Experimentou aquilo que Jesus chamou de novo nascimento (João 3). Toda sua vida é estruturada em função da vontade de Deus. Ele é governado por Deus. Este experimentou um verdadeiro arrependimento. Ele não abandona alguns pecados, mas corta a raiz da árvore que é a independência. Se deixarmos de praticar algumas coisas sem romper com sua fonte, o máximo que conseguimos é frustração. O religioso poda galhos da árvore (pecados), mas não extirpa o problema fundamental do homem: independência (a raiz da árvore). Paulo verificou uma realidade do homem, descobrindo três leis:
                             I.      A Lei do pecado e da morte
Nasce conosco, pois nascemos de carne e herdamos a independência. Enquanto não passarmos por uma real experiência de arrependimento, vamos ser obrigados a pecar, mesmo que não queiramos. O arrependimento não é remorso, é mudança de atitude, ou seja, o homem perde sua independência e torna-se dependente de Deus.
Em Romanos 7, Paulo expõe com clareza a realidade do homem natural, é governado por uma lei que está em seus membros, a lei do pecado e da morte.
                         II.      Lei das ordenanças
 
A religião impõe ao homem várias regras de comportamento (Col 2: 20-23), tentando implantar algo novo no homem, porém a Palavra afirma que a lei não aperfeiçoou coisa alguma (Rom 7:13). Deus não nos chama para sermos simples praticantes de seus princípios, mas para morrermos para nós mesmos (Rom 6) para que Jesus viva em nós a sua glória (Col 1:27, Rom 8:14).
 
                     III.      Lei do Espírito de Vida em Cristo
Opera a salvação, que á a libertação total do velho homem, com todos seus desejos (Rom 6 a 8). Sendo liberto do pecado, o discípulo tem como alvo imitar a Deus (Ef. 5:1) e de se tornar participante da natureza de Deus (II Ped 1:4 ,Jo 3:9). Ser nascido de Deus é receber a sua semente (Sêmen) que é enxertado em nossos corações brotando frutos dignos de arrependimento (I Jo 3:5, Lc 3:8-14, Mt 7:16-29).
Muitos tentam transformar a graça de Deus em desgraça. A graça é pregada, muitas vezes, como absolvição imediata do pecado ou consentimento de Deus para não praticarmos tudo que Jesus viveu. A graça, no entanto, é o poder de Deus derramado em nossas vidas, nos capacitando a viver governados por sua vontade, tendo condições de renunciar este mundo (Gl 5:16).
Gostamos de nos apossar de alguns trechos da Palavra, porém não atentamos diligentemente para viver a vontade de Deus, dispostos a padecer para praticar toda justiça (II Tim 3:12).
“Mas se, fazendo o bem, sois afligidos, e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais suas pisadas” (I Ped. 2:20-21).
Em resumo, o Reino de Deus é o fim da independência do homem. Deus quer assumir o governo da vida de cada pessoa. O arrependimento é mudança de atitude interior, isto é, deixamos à independência e passamos a ser dependentes de Deus. Da atitude de rebelião (faço o que quero) para uma atitude de submissão (pertenço a Deus para fazer o que lhe apraz). Quando mudamos nossa atitude para com Deus, mudamos nossos atos. Quando mudamos só os atos e não a atitude, estamos em rebelião e tudo que conseguimos é viver uma vida cheia de contradições e hipocrisias, sem que o evangelho possa fazer alguma diferença concreta, apenas disposições passageiras e pactos finitos. Tozer dizia: Não há nada mais trágico que alguém passar uma vida toda freqüentando um local de reuniões religiosas, e no fim da vida não poder usufruir da presença graciosa de Jesus.
“Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.”
(Ef. 5:17)

SEGUNDA PARTE: EVANGELHO X TRADIÇÃO

 
A tradição
A revelação
1. batismoè Não passa de um símbolo. Não é necessário para a salvação, nem para perdão de pecados. É um passo de obediência, um testemunho público de fé.
1. batismoè É realidade na nossa vida. É ato pelo qual, pela fé, somos colocados em Cristo Jesus. Nesse momento opera-se a salvação e o perdão dos pecados (At. 2:38; Mc. 16:16; Cl. 2:12, 13). O batismo deixa de ser um mero símbolo para se tornar um ato através do qual o discípulo é enxertado no corpo de Cristo, passando a fazer parte da família de Deus.
2. confissão de pecadosè Deve-se confessar os pecados a Deus.
2. confissão de pecados èé o “andar na luz” (I Jo. 1:7-9). Há mandamento específico para se confessar os pecados uns aos outros (Tg. 5:16). Era prática dos discípulos (Mt. 3:6; At. 19:4, 18).
3. dons espirituais è O grupo tradicional vê os dons e carismas sobrenaturais como coisa do passado, entendendo que terminaram no tempo dos apóstolos. Já o grupo pentecostal aceita a manifestação dos dons nos dias de hoje, todavia têm conceitos místicos sobre o assunto, de modo que supervalorizam as pessoas que manifestam dons e as tratam com privilégios, como se fossem “mais espirituais”, chegando até a substituir as autoridades delegadas na Igreja pelos que manifestam determinados dons. Além disso, substituem a própria palavra de Deus pelo dom, como p.ex., a profecia.
3. dons espirituais è Os dons são complementos da Palavra. A Palavra de Deus (Bíblia) é absoluta e inquestionável. Daí, os dons devem ser julgados (I Co. 14:29; I Tess. 5:20-21). A manifestação de dons não é indicativo de santidade. Pode-se ter muitos dons e ser carnal (Mt. 7:21, 22; I Co. 3:1; 13:1-13). Deus não governa através da manifestação de dons, mas sim pelos ministérios e autoridades delegadas (I Co. 12:28). Jesus não usava os dons como atrativo. Ele pedia que não contassem a ninguém quando realizava algum milagre.
4. ceia do senhor èO pão e o vinho são meros símbolos recordatórios da morte do Senhor (esta postura foi uma reação contra a posição católica). Não se vê a ceia como algo sobrenatural, momento de comunhão da família de Deus, onde o corpo de Cristo é partilhado com todos.
4. ceia do senhor èO sinal exterior (pão e vinho) quando recebidos pela fé tornam-se realidades em nossas vidas (Jo. 6:53-57). É momento de comunhão dos filhos de Deus. É momento íntimo e privativo da família do Pai. Por isso não se deve participar da ceia quem não é filho, podendo advir sobre o tal conseqüências até físicas (I Co. 11:30).
5. doutrina èSão conceitos sobre Deus, Jesus, Espírito Santo, Bíblia. São elaborados de acordo com a interpretação dos homens, por isso existem várias “doutrinas” sobre mesmos assuntos.
5. doutrina èSão orientações práticas para a vida diária de um discípulo, extraídas não da visão de homens, mas da revelação pura da Palavra. São preceitos para serem cumpridos incondicionalmente (Tt. 2:1; Mt. 7:28-29).

TERCEIRA PARTE: TRADIÇÃO X REVELAÇÃO


 
A TRADIÇÃO
A REVELAÇÃO
1. IGREJA è é a denominação sectária e o local de reuniões: - “Minha igreja” “Vou à igreja”.
2. IGREJA è é o corpo vivo de Cristo - é uma só. A igreja da localidade é formada por todos aqueles que são submissos ao Senhor. (Ef. 1:22, 23; 5:25-27)
2. MINISTÉRIO è é o serviço de alguns especialistas muito bem preparados em seminários.
2. MINISTÉRIO è todos os santos são sacerdotes. Todos têm um ministério. (I Pd. 2:9; Ef. 4:12)
3. PASTOREIO è Pastor solitário e um “faz tudo.”
3 PASTOREIO è um corpo de presbíteros (At 20:17; Tt 1.5; At 13:1).
4. EDIFICAÇÃO è em grandes reuniões e em “templos”, pulpitocentrismo, sermões elaborados, reunionismo.
4. EDIFICAÇÃO è nas casas (Rm 16:10-11; 14:15; At. 2O: 20; I Cor 16:15-19; Fp 4:22; Cl 4:15). Nos relacionamentos de corpo (Ef 4.15-16; Cl 2:19).
5. UNIDADE è mística, invisível e universal.
5. UNIDADE è prática, visível e na localidade (Jo 17).


Todos os bons movimentos de renovação originaram de uma volta a um ponto comum: a igreja primitiva, os ensinos de Cristo e dos Apóstolos.
O problema se origina quando um desses movimentos, depois de uma trajetória, não segue buscando a origem do cristianismo para sua orientação futura, mas sim a sua origem particular. A maioria fica mais fiel às idéias dos fundadores do que a Palavra.
Para não cair no sectarismo, devemos recorrer permanentemente à nossa origem: Cristo e os Apóstolos. Não devemos ser fiéis à restauração, mas ao SENHOR JESUS.

QUARTA PARTE: ANDAR NA LUZ

 
“Vós sois a luz do mundo...” (Mt. 5:14, 16). “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo.” (Fp. 2:15).
 
A igreja tem sido ludibriada num ponto vital: o fato de ser corpo, onde um depende do outro. Satanás tem subtraído isto da igreja! Substituiu o fato e a verdade de que somos membros uns dos outros, pelo sofisma de que cada um é um salvo (eu sou, tu és, ele é, somos salvos), e como salvos que somos, como bons cristãos que somos, devemos amar, buscar e servir uns aos outros. Mas isto não é verdade? Sim, é verdade! E qual é o sofisma então? É que aquilo que é uma verdade imutável e fruto da condição inalterável da igreja ser corpo, passa a ser um dever cristão que podemos cumprir em maior ou menor escala.
Isso trás reflexos diretos e decisivos sobre a minha postura perante a igreja. Porque se creio que apenas sou mais um salvo, minha vida diz respeito só a Deus, meus pecados e erros ferem só a Deus, e minha confissão deve ser feita só a Deus.
Se, porém, eu entendo que fui batizado, enxertado em um corpo (I Co. 12:12, 13, 26,27), eu vou saber que a minha vida diz respeito à igreja que é o corpo de Cristo. Os meus pecados desonram a igreja e a minha confissão deve ser feita diretamente à igreja (I Co. 10:16, 17; 11:29).
Eu não estou só! Eu sou corpo! (I Co. 12:14; Rm. 12:5). A vida que tenho em Cristo é a vida da igreja, o Espírito que habita em mim é o Espírito que está na igreja. “Pois, em um só Espírito todos nós fomos batizados em um corpo... E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” (I Co. 12:13). Eu sou enxertado no corpo de Cristo e posso beber do Espírito Santo. Aleluia! O Espírito Santo na igreja é como o sangue no corpo humano: leva a mesma vida a todos os membros, está em todos os membros, mas não é propriedade particular de nenhum deles. Está no corpo. Se algum membro é desligado do corpo, morre e apodrece, porque perde a vida da qual era participante enquanto corpo. O corpo, contudo, continua vivo (Ef. 4:30; I Tess. 5:19; Hb. 6:4-6). É assim na vida natural como na espiritual.
Somos corpo (I Co. 12:27) e não temos como nos ocultar dele. “Para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam.” (I Co. 12:25-26). Assim, se estamos bem, o corpo sabe, se estamos mal, o corpo também sabe.
Isto pode parecer muito abstrato. Como acontece na prática? O entendimento de que sou corpo e que dependo do mesmo, impede-me, proíbe-me de ocultar-me dele. A minha consciência me leva a andar na luz, no temor do senhor.
Vejamos, então, o que diz a Palavra sobre a necessidade de nos fazer conhecidos à igreja, ou seja, andar na luz.
1. Andar na Luz:
“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado.”
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” (I Jo. 1:5-9).
“E não sejais cúmplices nas obras infrutuosas das trevas, antes, porém, reprovais. Porque o que eles fazem em oculto o só referir é vergonha. Mas todas as coisas quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz.” (Ef. 5:8-14).
“Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.” (Jo. 3:19-21).
Os textos falam sobre confessar, revelar o que está oculto, escondido nas sombras, ou seja, manifestar. Andar na luz, portanto, é tornar-se manifesto, conhecido, mostrar-se tal como é, sem capa nem máscara. Não é algo místico, subjetivo e sem expressão prática do tipo “estou na bênção”, “estou na graça”. Não. Andar na luz, envolve decisão e confissão: exposição voluntária. É permitir que saibam o que eu fui e o que sou. O que fiz e o que faço. Não ter nada escondido na minha vida. No momento que ando na luz, a luz revela quem sou. Se estou em trevas, não sabem quem sou e como estou, nem eu conheço a mim mesmo.
Jesus nada disse em oculto (Jo. 18:20). Se somos discípulos de Cristo, temos que ser iguais a Ele (I Jo. 2:6). Todo verdadeiro discípulo de Jesus tem que ser capaz de dizer tudo o que tenha feito e dito na vida, para se tornar conhecido. “Quem procura esconder seus pecados será sempre um fracasso. Quem confessa e deixa, será perdoado.” (Pv. 28:13, v. II Tm. 3:7).
Duas perguntas são necessárias: 1) de quem esconder? 2) A quem confessar? A resposta traduz a prática da grande maioria dos cristãos: esconde de Deus, confessa a Deus. Será que Deus precisa realmente que lhe revelemos alguma coisa? Será que existe alguma coisa que Ele não sabe? Vejamos:
 
Jr. 16:17
Ninguém se esconde de Deus.
Sl. 90:8
Os pecados ocultos sob os olhos de Deus.
Pv. 15:11
Os corações descobertos aos olhos de Deus.
Jr. 17:9-10
Deus prova os corações e os pensamentos.
Sl. 44:21
Deus conhece os segredos dos corações.
Sl. 139:1-12,23
Deus perscruta todo o homem.
Dn. 2:22
Deus revela o escondido.
Hb. 4:13
Tudo está patente aos seus olhos.
Pv. 20:27
O espírito do homem é a lâmpada do Senhor a qual esquadrinha todo o mais íntimo coração.
Is. 29:15-16
Ai dos que se escondem do Senhor.
I Co. 4:5
Ele julgará os desejos do coração.
Mc. 4:22
Tudo será revelado.
Rm. 2:16
Os segredos do homem serão julgados.
Pv. 28:13
De quem encobre? A quem confessa?
 
Deus não precisa de que lhe confessemos (revelemos, manifestemos) nada. O que ele exige é um coração arrependido e um espírito quebrantado, ou seja, arrependimento. (Jr. 13:22; Os. 5:14-15; 6:1-3).
Foi isto o que aconteceu no Édem: Deus viu e sofreu com a desobediência do homem. Mas o homem precisava manifestar-se voluntariamente, por isso as perguntas: Onde estás? — Deus não estava vendo? — Quem te fez saber? — Deus não sabia?
Sim, Deus testemunhou tudo, mas com isto Ele introduzia um princípio de cura para o coração culpado (Gn. 3:8-11; Pv. 21:8). O sentimento de culpa esmaga a consciência e transtorna o caminho do homem (II Co. 2:5-11; Lc. 22:61-61). A isto se chama de má consciência. Os que insistirem nisso, agindo contra a própria consciência e mantendo-se em oculto, tornam-se hipócritas e terminam naufragando na fé (I Tm. 1:5, 19; 3:9; Hb. 12:16-17), além de sofrer o juízo de Deus (Hb. 10:22, 26-31).
É impossível escapar das conseqüências do pecado (Gl. 6:7-8). Se os confessamos, obtemos perdão e graça. Ainda que soframos as conseqüências, escapamos da condenação (II Sm. 12:12-14; Pv. 28:13). Se os encobrimos, levaremos uma vida de tormento e por fim seremos alcançados pelas conseqüências. Confira: “o vosso pecado vos há de achar”. (Num. 32:23) com “... achou Deus a nossa iniqüidade.” (Gn. 44:16; 42:21-22).
Fica claro que não é a Deus, mas aos homens que temos que manifestar nossa vida (II Co. 1:12; 4:2; 8:21) e confessar nossos pecados (I Jo. 1:7) para mantermos comunhão e recebermos a purificação pelo sangue de Jesus. Se mostro minha sujeira, sou purificado. Se a escondo, permaneço imundo. Sempre que há pecado, há abertura para Satanás naquela vida. Tudo aquilo que permanecer em trevas será domínio do diabo (I Jo. 1:5-6,8).
Na prática, as religiões “cristãs” conseguiram confundir este ensino, de modo que os protestantes não o praticam para contrariar os católicos. Ora, a igreja não é protestante, nem católica, nem isto ou aquilo, como também Deus não é protestante, nem a igreja começou com Lutero. O propósito de Deus de convergir tudo para Jesus, formando a partir Dele uma família (igreja, que é seu corpo) é de antes da fundação do mundo e não pode se moldar a interpretações humanas. Deus é absoluto, seus princípios são absolutos, doam a quem doer. Outra questão levantada é que os homens não merecem confiança. E muitos chegam até a usar a Bíblia, Jr. 17:5, para apoiar sua desculpa em não confessar. Ora, este texto de Jeremias se refere à confiança em si próprio, denotando auto-suficiência, soberba, independência do Senhor, como também substituição da confiança no Senhor, pela confiança em homens, sistemas, organizações. O discípulo tem que se relacionar com os irmãos em uma disposição de confiança e segurança (Rm12: 10). Sem confiança não há comunhão. E se alguém trai esta confiança, o prejuízo não é de quem confia, mas do traidor. Veja o que ocorreu com Jesus e Judas, como também José e seus irmãos. O motivo real de não cumprir a palavra de Deus no que se refere à confissão é um só: preservação da imagem (Jó 31:33-34).
A confissão gera cura (Tg. 5:16), refrigério para a alma. Através da confissão, mantemos a comunhão no corpo e recebemos o perdão de Deus. É bem provável que não escapemos das conseqüências, mas por certo nos livramos da condenação do pecado. Certa feita algumas irmãs chegaram para determinado presbítero apavoradas, pois o que tinham a confessar para os seus esposos poderia causar dano sério em suas vidas, pelo que temiam a confissão, ao que o presbítero lhes respondeu: “se os seus maridos lhes causarem grande mal ao ouvirem a confissão, não é pela confissão (que gera cura), mas pelo pecado (que gera morte).”.
2. Qual a prática bíblica?
Velho Testamento
Nm. 5:7; Lv. 6:2-4
Confissão e restituição
Js. 7:19-20
Deus revelou o culpado, mas exigiu confissão
Jó 33:27
Mostra um costume da antigüidade
Novo Testamento
Lc. 19:1-10 e At. 19:18-19
Confissão por novos convertidos
Mt. 18:15-18 e Tg. 5:16
A prática da Igreja
I Tm. 5:19-21
Os líderes
 
Só a confissão com arrependimento pode produzir cura e perdão. Quando ocultamos nossos pecados, buscamos justiça própria (há até quem faça penitência: jejua, ora, faz vigília). Deus rejeita (Is. 64:6; 43:24-26). Nossa justiça é Cristo (I Co. 1:30-31; I Jo. 1:7-9; Rm. 10:4; 5:8-11; II Co. 5:21; Is. 53:5-6). Aleluia!
A igreja é o corpo de Cristo e ele nada faz fora dela
(Ef. 1:22-23).
Site Rei Eterno. http://www.reieterno.com.br

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